Diversidade é uma palavra que, nos últimos tempos, entrou na moda em diversos nichos de mercado. Entretanto, mais do que isso, aos poucos ela passa também a ser cada vez mais entendida em sua real importância.
Os mais diferentes profissionais precisam considerá-la em seus produtos e serviços, sejam eles digitais ou não. Nesse contexto, o design inclusivo deixa de ser uma tendência para se tornar uma necessidade de quem quer engajar e fidelizar seu público.
Neste artigo, abordamos a fundo o conceito do design inclusivo, explicamos sua real importância e apresentamos quais são os principais desafios que ainda precisam ser superados. Continue a leitura até o fim e confira!
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O que é o design inclusivo e qual a sua importância?
Também conhecido como design universal ou total, o design inclusivo é aquele destinado a todos, sem exceções. Para usá-lo, é preciso considerar desde o início do processo criativo que a população jovem e saudável é só parte de um possível público-alvo.
Diferentes aspectos devem ser repensados para incluir não só pessoas com alguma deficiência — que inclusive pode ser algo temporário —, mas também idosos e estrangeiros (que não dominam um idioma fluentemente, por exemplo). Dessa forma, o design inclusivo vai além de garantir a acessibilidade e precisa estar presente em diversas esferas do nosso cotidiano, não só na arquitetura.
O que impede gamers cegos de serem um sucesso nesse ramo? Como fazer com que pessoas com deficiência auditiva se envolvam no mundo da música? Ou, ainda: de que forma o design faz com que esses indivíduos utilizem os produtos ou serviços que você desenvolve como quaisquer outros?
Assim, é possível concluir que o maior objetivo do design inclusivo é criar uma sociedade mais justa, acessível e igualitária. Segundo a Unesco, 24% dos brasileiros vivem com algum tipo de deficiência. Juntamente ao envelhecimento da população, esse dado merece atenção e pressupõe a necessidade de uma mudança de paradigma do mercado.
Quais são os principais desafios do design inclusivo?
Possibilitar e estimular o convívio e a autonomia de pessoas com deficiência em qualquer espaço são as principais metas do design inclusivo. Segundo a Reatech (Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade), esse mercado se mantém em crescimento estável desde 2002, quase não sofrendo os impactos da crise econômica.
Porém, alguns desafios ainda precisam ser vencidos para a definitiva adoção do pensamento inclusivo em todas as esferas do design. Conheça alguns deles a seguir.
Mudança de mentalidade
A primeira mudança de perspectiva necessária a todos os profissionais do design é entender que as incapacidades das pessoas com deficiência são projetadas. Ou seja: trata-se mais de uma limitação do ambiente, dos objetos e dos produtos à disposição do que delas mesmas.
Assim, em vez de pensar na acessibilidade, é interessante traçar o projeto tendo em mente diferentes habilidades e como padronizar produtos de acordo com o máximo de pessoas possível.
Real compreensão do público-alvo
Você já deve ter se deparado tanto com o termo persona quanto com a expressão público-alvo. Ambos buscam retratar o cliente, porém com diferentes níveis de detalhamento. Vale lembrar que ninguém está imune de vir a necessitar das ferramentas de inclusão para usar dado produto ou serviço, seja de forma temporária ou por conta do envelhecimento natural.
Portanto, uma maior noção do “problema” a ser resolvido se faz necessária. Assim, ao pensar o design inclusivo, uma nova camada de empatia precisa ser conquistada e trabalhada.
Oportunidades do mercado
Atualmente, o design inclusivo está muito relacionado ao trabalho desenvolvido por ONGs, sendo majoritariamente voltado aos campos da Medicina e da reabilitação. Todas essas iniciativas são válidas, mas é necessário cada vez mais trazê-las ao cotidiano e também incluí-las aos meios digitais.
Os profissionais do design precisam compreender a importância de não deixar parcelas da sociedade de fora dos projetos desenvolvidos — a exemplos das pessoas deficientes —, assim como de considerar o envelhecimento da população mundial e o desenvolvimento sustentável.
Criação de algo simples e intuitivo
Criar algo fácil de ser compreendido, que se utilize de símbolos e cores amplamente difundidos, aumenta as chances de um design ser realmente universal. Tenha como parâmetro situações de emergência que, por conta do nível de complexidade, acabem limitando o uso a crianças, estrangeiros ou pessoas com algum tipo de deficiência. Assim, você conseguirá contornar esses problemas da melhor forma possível.
Uso equitativo
Projetar algo de uso equitativo corresponde a criar um item comercializável a pessoas com diferentes habilidades. As portas automáticas dos supermercados podem ser um bom exemplo. Ao mesmo tempo em que facilitam a utilização por parte das pessoas que têm as mãos ocupadas, também são inclusivas a cadeirantes e idosos.
Experiência com incapacidades
A empatia novamente se mostra relevante ao efetivo alcance do design total. É preciso levar em conta limitações permanentes (pessoas com deficiência), temporárias (alguém que quebrou um membro e precisou engessá-lo) ou efêmeras (indivíduos com mãos ou braços ocupados, que não podem ser utilizados).
Flexibilidade no uso
Além de considerar as habilidades e limitações únicas dos indivíduos, o design universal deve respeitar o ritmo de cada usuário. É necessário oferecer diferentes possibilidades de utilização, de forma a ponderar não só preferências, mas também habilidades que são próprias de cada pessoa.
Trata-se de nada mais do que uma maneira de democratizar diferentes produtos e serviços, fazendo com que eles se tornem acessíveis e úteis à maior gama possível de usuários. O design universal é aquele que não requer adaptações ou ajustes para que diferentes pessoas, com distintas habilidades ou limitações, possam utilizar determinado item.
No entanto, uma mudança de postura é primordial para que isso aconteça — e o design inclusivo precisa ser considerado desde o início da execução de um projeto. As novas exigências do mercado e a necessidade de inclusão e diversidade são só alguns dos motivos pelos quais essa nova mentalidade se faz necessária.
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