A tecnologia está cada vez mais presente nas salas de aula. Mas será que os professores e as universidades estão preparados?
Ser professor universitário em Portugal não é tarefa fácil! Ter de lidar, por vezes, com o excesso de trabalho e as atividades administrativas, a desvalorização, turmas cheias, a má estrutura física e ainda a necessidade de cultivar uma boa relação professor-aluno é um enorme desafio.
O curioso é que essa “luta” começa bem antes do que se imagina. Com base no relatório “Education at a Glance” de 2017, Portugal é o país da OCDE que menos gasta com o ensino superior.
Assim, a tarefa de solidificar a relação professor-aluno ganha um novo “ingrediente” e torna-se ainda mais complexa.
E a coisa não fica por aqui, afinal, os docentes começaram a enfrentar nos últimos anos um forte concorrente que, de acordo com algumas opiniões, limita o estreitamento de laços com os alunos: dispositivos eletrónicos móveis.
Obviamente não se pode negar os benefícios que esta tecnologia traz para o contexto da sala de aula, porque se antes era necessário usar o laboratório de informática para fazer uma pesquisa online, por exemplo, agora, com alguns cliques, as respostas estão ao alcance de todos sem ter que se levantar da cadeira.
Acontece que, embora os smartphones e tablets facilitem o acesso à informação, têm o poder de desviar a atenção para outra coisa que não as aulas (apps, redes sociais, música, filmes, selfies), então “o professor que lute” para criar conteúdo mais atrativo ao ponto de fazer os estudantes universitários manterem-se focados.
Motivo para desespero? Nem por isso! Estas novas tecnologias, trouxeram de certa forma, outros obstáculos à “batalha” que é conquistar a concentração dos alunos, no entanto, em vez de “lutar” com eles, hoje em dia, há formas de os inserir estrategicamente nas disciplinas para que a turma possa aprender na prática e usar o que realmente a motiva.
Neste sentido, o objetivo deste artigo é aprofundar a discussão sobre estas possibilidades existentes de forma a tornar o conteúdo ensinado pelo professor universitário mais atrativo e prático e, consequentemente, ajudar a criar laços mais fortes e duradouros com os alunos.
Gostou da proposta? Então venha comigo.
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Quando é que os dispositivos móveis passaram a impactar diretamente a relação professor-aluno?
Mesmo com o primeiro smartphone Android a chegar a Portugal em 2009, a relação professor-aluno começou a transformar-se de facto por volta do ano de 2012 quando os primeiros membros da Geração Z entraram na universidade.
Estes jovens merecem aqui uma atenção especial, porque nasceram num período em que as tecnologias inovadoras surgiram de forma acelerada e a Internet começou a prosperar em Portugal, pelo que, influenciados por esta digitalização, os seus hábitos foram moldados de forma muito diferente em comparação com os da geração anterior, os millennials.
Enquanto os seus pais e tios cresceram a enviar cartas e a brincar na rua, a Geração Z (nem toda, claro) passou a infância e a adolescência já imersas em apps de mensagens e a jogar jogos online, pelo que devido a esta criação “diferenciada”, obviamente, quando entraram no mundo académico, o seu comportamento de consumo de conteúdo, mesmo discretamente, já era o de “passear” por smartphones e tablets.
Talvez o maior impacto não tenha sido sentido em 2012, afinal, os dispositivos eletrónicos móveis ainda não eram tão populares quanto isso e a internet portuguesa não era acessível a todos, com os avanços que surgiram nos anos seguintes e os movimentos do mercado, as salas de aula começaram a ser mais “visitadas” por estes dispositivos.
O que veio a seguir e como a “bolha” rebentou
Até a esta altura dos factos não houve grande problema na ascensão de smartphones e tablets, no entanto, o que veio mais tarde, especialmente a partir de 2015, começou a afetar muito a relação professor-aluno.
Neste período, os dispositivos eletrónicos móveis deixaram de ser novidade, a internet apenas aumentou a sua capacidade e o que antes era apenas uma tendência, passou a tornar-se um requisito:
- Como é que a universidade não tem uma APP para disponibilizar os horários?
- Posso tirar uma foto do quadro para não ter que copiar?
- Professor, pode enviar o PDF do livro pelo whatsapp?
Com este tipo de procura cada vez mais comum, os conflitos começaram a aparecer, afinal, muitos professores universitários não estavam atualizados digitalmente, as faculdades não tinham esta infraestrutura, nem dinheiro para a ter.
Mas, “não adianta chorar sobre o leite derramado” e a solução seria “correr atrás do prejuízo” para se adaptar e conseguir dar resposta a este novo perfil dos estudantes, afinal, para além da universidade precisar de seguir os padrões de qualidade oferecidos pelo mercado, esta transformação digital é essencial para reter os estudantes.
Após o início das adaptações, a relação professor-aluno voltou a ser “pacífica”?
Infelizmente, não na sua totalidade! A “democratização” e a inserção de novas tecnologias, sobretudo dispositivos eletrónicos móveis, no contexto da sala de aula, está a ser algo fundamental e facilita o intercâmbio de conhecimentos entre educadores e alunos, mas a partir daí surgem também outras razões que podem desencadear problemas.
Há várias, no entanto, vou focar-me na possibilidade levantada na introdução deste texto: a desatenção que smartphones e tablets podem provocar se forem usados de forma inadequada.
Antes disso, é importante repetir: a tecnologia de hoje é essencial no processo educativo, mas se não soubermos lidar com ela, podemos ter mais problemas do que benefícios.
Por que digo isto? É simples! Não é segredo que em todos os momentos somos “bombardeados por toneladas de informação”, exibidos em vários ecrãs (mobile, TV, tablet), provenientes das mais variadas fontes (redes sociais, sites, blogs).
A questão central é que todo este volume de informação e notificações que chegam aos estudantes universitários, antes e durante as aulas, abertas involuntariamente com o conteúdo que o professor está a ensinar e, mesmo na mente do aluno mais compenetrado, surge a dúvida: estudo da economia ou a última mensagem que chegou ao WhatsApp? Princípios da filosofia ou comentários sobre a foto que publiquei no Instagram?
Como disse Herbert Simon e, com razão, “a riqueza da informação cria pobreza de atenção, e com ela a necessidade de alocar a atenção eficientemente no meio da abundância de fontes de informação disponíveis.”
Mas como “atribuir a atenção de forma eficiente” no contexto acima mencionado? A resposta, baseada nas experiências práticas que tivemos nas salas de aula de Portugal, Brasil, Espanha e outros países é clara: fazer da tecnologia um parceiro; não um inimigo. E, nesse aspeto, nos próximos tópicos falarei sobre como fazê-lo.
No entanto, antes de continuar, se não acredita nesta perspetiva, aconselho-o a mudar de ideias, afinal, de acordo um estudo da Nielsen 96% dos portugueses têm um dispositivo móvel, sendo Portugal um dos três países da UE com maior penetração neste tipo de aparelhos.
Desenvolva uma estratégia digital de aula omnichannel
Segundo a Rock Content, “O omnicanal é uma estratégia de utilização simultânea e interligada de diferentes canais de comunicação, com o objetivo de fortalecer a relação entre online e offline, melhorando assim a experiência do cliente”. (neste caso onde se lê “cliente” deve ler-se “estudante ou aluno”, ok?).
Mas por que devo fortalecer a relação online e offline com os meus alunos? Basicamente porque a sua experiência com a disciplina passa atualmente por ambos os canais em simultâneo.
Exemplo: Pede ao aluno que vá à biblioteca para ler um artigo impresso (offline). O tempo era curto e não conseguia terminar a leitura, por isso tirou uma fotografia das páginas e guardou-a no Google Drive (online) para terminar a tarefa mais tarde. Quando chegou a casa, enviou as imagens fotografadas pelo Whatsapp a um colega (online) que preferia imprimi-las para ler no autocarro na manhã seguinte (offline).
Vê como online e offline se cruzam com frequência? E se é assim que acontece hoje em dia, o professor que entende mais rapidamente este conceito e procura adaptar-se, desenvolvendo estratégias digitais de aulas omnicanais, tenderá a ter maior atenção dos alunos, “rodeando-os” por todos os “lados possíveis”.
Ótimo, mas como criar uma estratégia digital de aula omnichannel?
Agora vai “glorificar” a evolução da tecnologia, porque para o ajudar no desenvolvimento deste tipo de estratégia, existem plataformas de automação como a E-goi que, através de um programa de parceria, pode ser acedida sem custos para professores e alunos.
Explicarei melhor como este programa funciona no próximo tópico, mas antes quero recomendar vivamente que aprenda mais sobre este tipo de ferramenta e implemente-o nas suas aulas, porque além de uma maior atenção como eu referi, a comunicação com os alunos será otimizada, muito tempo será poupado, e serão gerados dados para tomada de decisão, entre vários outros benefícios.
Ficou com interesse? Então venha conhecer o Programa BAPA (Brand Ambassador and Product Advocate) que revolucionou as salas de aula e ajudou professores de mais de 20 países a desenvolver estratégias omnicanais.
O que é o Programa BAPA?
O Programa BAPA foi desenvolvido pela E-goi, em Portugal, no ano de 2019, com o objetivo de fazer parcerias com instituições de ensino, públicas ou privadas, para levar conhecimento prático e aplicável para as salas de aula do país e do mundo.
(A E-goi é uma empresa de automação de marketing omnicanal. Oferece ao mercado uma plataforma onde é possível automatizar praticamente toda uma estratégia digital, através da realização de campanhas de email, SMS, Web Push, posts para redes sociais, anúncios pagos, landing pages, inteligência artificial, etc.).
Esta parceria não gera qualquer custo para a instituição de ensino, professores ou alunos, porque a intenção da E-goi com este programa é formar os profissionais do futuro, preparando-os melhor para o mercado e, consequentemente, este trabalho gera mais reconhecimento para a marca da empresa.
Na prática, o responsável pelo Programa BAPA contacta com professores de instituições de ensino (ou vice-versa) para uma apresentação geral sobre o funcionamento da parceria. Alinhadas as expectativas, se o docente gostar da proposta, poderá agora pedir ao BAPA a aplicação de atividades extracurriculares práticas (ou dentro da disciplina) que complementem o seu programa teórico para o semestre.
Exemplo: Sou professor no curso de marketing e na minha grelha de conteúdos programados, tenciono falar sobre e-mail marketing. Neste sentido, para que os alunos não se fiquem apenas pela teoria, posso pedir ao BAPA que dê um workshop para ensinar à turma, como campanhas de e-mail na prática com a plataforma E-goi.
Após o docente fazer o pedido, o BAPA será responsável pelo desenvolvimento de todo o material para a aula, submetendo-o à aprovação do professor, e por libertar acesso individual à plataforma E-goi a todos os alunos, aplicando a aula sem restrições de tempo ou tema, e, após o workshop, recolhendo feedback dos participantes.
Além das facilidades descritas acima, confira outras vantagens e números do Programa BAPA:
- O conteúdo prático desenvolvido para as aulas é 100% customizado com base na demanda do professor e na necessidade dos alunos;
- O acesso à plataforma da E-goi é válido por 1 ano, sendo que o próprio professor e a instituição de ensino também poderão solicitá-lo;
- Uma vez que o professor também ganha acesso à plataforma da E-goi, nós poderemos ajudá-lo a desenvolver uma estratégia digital de aula omnichannel para otimizar as aulas, economizar tempo, criar automações de envio de conteúdo e etc.;
- A metodologia do BAPA já foi testada e aplicada em mais de 30 instituições de ensino;
- A parceria não tem data limite para acabar, ou seja, enquanto o professor e a instituição de ensino entenderem que ela está sendo benéfica, o trabalho terá sequência;
- Mais de 1.000 alunos já receberam capacitações gratuitas do BAPA;
- As atividades desenvolvidas pelo BAPA podem ser aplicadas presencialmente ou de maneira remota, logo, não há barreiras de distância;
- Não há nenhum tipo de burocracia por parte da E-goi, então, não é exigido a assinatura de contratos ou outras formalidades;
E então, o que achou?
Caso você tenha gostado da ideia, te convido para uma reunião online, sem compromisso, para aprofundarmos a conversa sobre o BAPA. Para agendar essa chamada, basta enviar um e-mail para dalves@e-goi.com ou me chamar diretamente no whatsapp clicando aqui.
E para concluir, espero que esse artigo tenha agregado conhecimento e contribuído para uma nova abordagem em sala de aula. Não deixe de acompanhar os conteúdos aqui do blog, pois estamos sempre postando reflexões e análises como estas transmitidas neste texto. Forte abraço!