Descubra como o Generative Engine Optimization está revolucionando as estratégias de SEO para IA generativa, com dados atualizados e práticas essenciais. Saiba mais.
Recentemente, tive a oportunidade de participar em um webinar da agência brasileira liveSEO sobre “GEO na prática: otimizar para IA”. Essa experiência inspirou-me a partilhar um pouco mais sobre o Generative Engine Optimization (GEO), um termo que está ganhando espaço no glossário de marketing digital.
Neste artigo, compartilho tudo o que aprendi sobre o tema, bem como algumas percepções que o podem ajudar a se posicionar melhor junto da inteligência artificial.
Bora lá?
Contents
O que é o GEO?
Introduzido por um grupo de investigadores da Universidade de Cornell, nos EUA, o GEO (Generative Engine Optimization) é uma abordagem inovadora de otimização para motores de busca, nascida da necessidade de adaptação dos criadores de conteúdo às novas formas de pesquisa orientadas por IA.
O GEO visa dar maior visibilidade aos conteúdos nas plataformas digitais, se adaptando ao comportamento das IAs generativas.
Termo a termo:
- Generative – As IAs criam/geram novos conteúdos com base em dados existentes, como textos, imagens e resumos extraídos da internet.
- Engine – Refere-se a motores como Google AI Overview, ChatGPT, Bing AI Search, Perplexity Chat, Claude, entre outros.
- Optimization – Melhorar conteúdos para serem mais facilmente encontrados, interpretados e utilizados pelos motores generativos e pelas IAs.
GEO vs SEO – Quais as diferenças?
A grande diferença está na base de funcionamento de cada um. Vamos entender melhor?
No SEO tradicional:
Imagine que está a criar um site para o seu negócio. Para que o Google o indexe, primeiro precisa rastrear o código da página, depois indexá-lo e só então posicioná-lo nos resultados de pesquisa.
No GEO:
Agora imagine que faz uma pergunta ao ChatGPT. A IA analisa o seu pedido e gera uma resposta. Para isso, vai procurar dados em tempo real (ou em bases de dados atualizadas) e escolher as fontes mais relevantes e especializadas.
Aqui, a autoridade de domínio tem menos peso, e a especialização e relevância ganham destaque. Isto permite que conteúdos de sites com menos autoridade possam ser escolhidos pelas IAs, desde que o conteúdo seja pertinente.
Curiosidade: O modelo GPT-4o, por exemplo, apenas apresenta dados atualizados até junho de 2024.
SEO vs GEO – Tabela comparativa
Para ficarem bem claras as diferenças entre o SEO e o GEO, deixo abaixo uma tabela comparativa:
SEO Tradicional | Generative Engine Optimization |
---|---|
Foco no ranking do Google | Foco em ser citado por IA generativa |
Prioriza autoridade de domínio | Prioriza relevância e especialização |
Atualizações periódicas | Conteúdo em tempo real ou com base atualizada |
Estatísticas importantes
Agora, para compreendermos a relevância do GEO, partilho algumas estatísticas:
- 75% dos consumidores usarão pesquisas por IA no próximo ano – Gartner
- GEO pode aumentar até 40% a visibilidade nas respostas de IA – Cornell University
- GEO aumentou +115% a visibilidade de sites classificados em 5.º lugar no Google – Cornell University
A IA não escolhe com base na autoridade ou no posicionamento, mas sim na relevância e especialização, o que pode ser uma vantagem para websites que não apresentam classificações tão elevadas. Isto significa que, se o seu conteúdo for relevante, a IA pode escolhê-lo.
Com isto, torna-se cada vez mais evidente a importância de aplicar o conceito de Generative Engine Optimization nos seus conteúdos, não concorda? Mas não se preocupe, ainda irei aprofundar este tema ao longo do artigo.
Estratégias de GEO – Como otimizar para IA?
Como vimos, a utilização de práticas de GEO na otimização de conteúdos é um fator essencial para se destacar na atualidade. Por isso, partilho agora algumas estratégias de GEO para otimizar os seus conteúdos para a IA.
Conforme a Cornell University, os factores essenciais para tirar partido dos novos mecanismos generativos são:
- Utilização de termos técnicos
- Conteúdo de fácil compreensão
- Citação de fontes e referências
- Inclusão de dados estatísticos e infográficos
- SEO bem implementado
- Autoridade de domínio
- Conteúdo actualizado e bem estruturado
- Boa experiência do usuário
- Uso de multimédia
- Especialização temática (nicho)
GEO substitui o SEO?
Não. É um novo começo.
O GEO complementa o SEO tradicional, adicionando uma nova camada de otimização orientada para IA. As boas práticas de SEO continuam a ser essenciais — o conteúdo precisa de ser bem otimizado para que as IAs o identifiquem e selecionem corretamente.
Segundo a Cornell:
- 80% das pesquisas por IA são informativas
- 10% são transacionais
- 10% são de navegação
Ou seja, a IA é usada sobretudo para tirar dúvidas — ainda não tanto para converter. Mas… quem otimizou para IA, viu um aumento de visibilidade entre 28% e 41%.
Perguntas frequentes sobre Generative Engine Optimization
1. O GEO vai substituir o SEO?
Não. O GEO é um complemento ao SEO, pensado especificamente para IA generativa.
2. Tenho de refazer todo o meu conteúdo?
Não. Pode adaptar os conteúdos atuais com práticas GEO — como incluir FAQs, dados estruturados e melhorar a linguagem.
3. Que ferramentas posso utilizar?
- Surfer SEO – análise de conteúdo otimizado para IA
- MarketMuse – otimização semântica
- Clearscope – análise de intenção de pesquisa
Conclusão
O Generative Engine Optimization (GEO) apresenta um futuro ainda incerto, mas bastante promissor.
É um fato que a representatividade da IA nas pesquisas diárias ainda não é maioritária. No entanto, como interagimos com os motores de busca já mudou — e é urgente ajustar a nossa estratégia a esta nova realidade.
O GEO traz palavras-chave mais longas e complexas, com intenção de pesquisa mais refinada, exigindo conteúdos mais especializados e focados para serem referenciados pelas IAs.
Enquanto isso, a corrida pelo posicionamento nas IAs já começou — e quem se adaptar agora terá vantagem a médio e longo prazo.
Para saber como a Inteligência Artificial está a moldar o SEO, recomendo a leitura deste artigo.